Quando atendemos um cliente em terapia, um dos nossos diferenciais como profissional desta área, deve ser a maneira como conduzimos as sessões e como nos comunicamos com o sistema que está sendo atendido.
Nossa postura nesta conversação que estabelecemos com o cliente (individual, casal ou família) pode e deve ser terapêutica, observando alguns critérios que vamos aprendendo e desenvolvendo ao logo de nossa profissão.
Temos de oferecer ao cliente:
1) Um clima terapêutico, mas o que seria clima terapêutico?
È um ambiente onde o cliente possa se sentir confiante, acolhido e protegido, aceito e tranqüilo de que podemos dar continência aos conteúdos que estão sendo trazidos
2) Um lugar onde possam falar de seus problemas, angústias e conflitos, sem serem interrompidos, mas dando espaço para que o outro também tenha voz. Quem fala na sessão é o cliente. Uma sessão onde o terapeuta fala mais que o cliente pode não ter sido uma boa sessão.
Sugiro aqui alguns norteadores que podem ser utilizados e seguidos quando atendemos um cliente (individual, casal ou família)
- Convide os clientes a dizerem como eles vêm o problema
- Respeite o passo, o ritmo e o tempo dos clientes
- As perguntas são exploratórias e de curiosidade, mas sem invadir o espaço e o tempo do cliente obrigando-o a dizer coisas que ainda não quer dizer.
- O cliente vai sinalizando e nos autorizando quando, onde e do que podemos falar.
- Evite fazer hipóteses prematuras
- Verifique se os clientes tiveram oportunidade de dizer o que queriam dizer
- Use uma linguagem coerente com o vocabulário e as metáforas dos clientes
- Crie e mantenha um espaço para que os clientes possam contar seus próprios pontos de vista
- Lembre-se que suas perguntas influenciam a construção das respostas dos clientes
- Não presuma que o paciente tenha compreendido e concordado; verifique se de fato isto ocorreu
- Use uma linguagem que seja cooperativa e positiva, de maneira a convidar o paciente a participar da conversa
- Fique curioso a respeito do que o paciente quer conversar
- Dê aos clientes a oportunidade de corrigir qualquer incompreensão que possa ter se desenvolvido e de esclarecer aquilo que disseram
- Verifique se os clientes tiveram a oportunidade de dizer o que queriam dizer
- Lembre-se de que suas perguntas comunicam algo a respeito de você e do que você pensa
- Não vá mais rápido que o cliente
- Explore com o cliente o que ele já fez para resolver o problema.
- Lembre-se que uma narrativa nunca é o retrato “fiel” da história. O relato de cada pessoa, sua maneira de contar ou recontar será diferente
Muito bom este vosso post. Irei referencia-lo no nosso blog. De facto, os mais iniciados deverão ler estas linhas e reflectir sobre o que nelas está escrito. Continuem o bom trabalho.
Pedro Albuquerque, Phd, Lic.Psy
Prezado Pedro
Obrigado pelos comentários. Eu sou professora e supervisora da Universidade Paulista (UNIP): http://www3.unip.br/default.asp
Por anos morei nas Itália e fui professora da Universidade de Bérgamo.
Procuro colocar no meu Blog alguns dicas da minha experiência prática para complementar o processo de aprendizagem dos meus alunos.
Um abraço
Maria Lúcia